Setembro: mês de prevenção

Desde 2014 o mês de setembro se “veste” de amarelo por um motivo muito importante. Criada de forma conjunta pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFN) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), a campanha Setembro Amarelo tem o objetivo de conscientizar a população em relação à prevenção ao suicídio. A iniciativa tem como data símbolo o dia 10 de setembro: Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Em razão de todos os reflexos da pandemia do coronavírus, a campanha ganha uma importância ainda maior em 2021, pelo fato do suicídio ser um agravamento de doenças relacionadas à saúde mental, todas as limitações  impostas por conta do novo normal geraram quadros de ansiedade ou depressão que merecem atenção.
O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morre mais pessoas de suicídio do que de
outros agravantes como câncer ou homicídio. Em 2019, mais de 900 mil pessoas morreram por suicídio em todo mundo.
Segundo o ministério de saúde, mais de 96% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar. Os números colocam essa entre as três principais causas de morte de pessoas jovens.
Entre os jovens de 15 a 29 anos o suicídio foi a quarta causa da morte, superando acidentes de trânsito e violência
interpessoal.
Não podemos – e não devemos – ignorar o suicídio. Cada um deles é uma tragédia. A atenção a prevenção do suicídio
é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia da Covid-19, com muitos dos fatores de risco, perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda muito presentes.
O objetivo do setembro amarelo é reforçar a importância do diálogo, quebrando o tabu sobre o assunto e ajudando
quem está mais vulnerável.
Sendo assim é essencial a realização de movimentos como o Setembro Amarelo para que as pessoas entendam a
gravidade e que o suicídio pode ser evitado.
Algumas atitudes, no entanto, não só auxiliam momentaneamente como podem ter efeito preventivo, evitando que
alguém tire a própria vida. Estar aberto a diálogo é a primeira delas. Muitas vezes, as pessoas só querem ser ouvidas. Poder falar sobre seus sentimentos, inseguranças, sobre as saídas que não enxergam, as dificuldades que enfrentam. O diálogo e o coração aberto, um simples conselho acolhedor, saber que não está só.
Isso tudo aumenta a autoestima, favorece as relações sociais, melhorando o isolamento e salvando muitas vidas,
além de encorajar outras pessoas a buscarem ajuda profissional quando necessário.
No entanto é importante destacar que a ajuda médica profissional é muito importante para a recuperação dessa
pessoa, essencial para superar esse momento difícil.
Fique atento às pessoas que convivem diariamente com você, se elas apresentarem atitudes de isolamento,
irritação, ansiedade, fraqueza, tristeza, desânimo constante, procure se aproximar e ter uma boa conversa, escute,
abrace e de atenção, para tentar entender essas atitudes, oriente a procurar um médico. Prevenção ao suicídio é
valorização da vida.

Rozilene Aparecida Amaral Ramos – Secretária da Saúde do Sindicato