Desde 2014 o mês de setembro se “veste” de Amarelo por um motivo muito importante. Criada de forma conjunta pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Conselho Federal de Medicina (CFN) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), a campanha Setembro Amarelo tem o objetivo de conscientizar a população em relação à prevenção ao suicídio.
A iniciativa tem como data símbolo o dia 10 de setembro: Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, mais as ações acontecem durante todo mês.
Os suicídios são uma triste realidade, que atinge o mundo todo.
O número de casos no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em dezembro 2022. Foram 16.262 registros de suicídio, em média 44 por dia, e em 2021 14.475.
Segundo o ministério de saúde, mais de 96% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar, números que colocam essa estatística entre as três principais causas de morte de pessoas jovens.
Entre os jovens de 15 a 29 anos o suicídio foi a quarta causa de morte, superando acidente de trânsito e violência interpessoal. Morre mais pessoas de suicídio do que de outros agravantes, como câncer ou homicídio.
Não podemos- e não devemos- ignorar o suicídio. “Cada um deles é uma tragédia. A atenção à prevenção ao suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a Pandemia da Covid- 19, com muitos dos fatores de risco, perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social.
Sendo assim é essencial a realização de movimentos como o Setembro Amarelo para que as pessoas entendam a gravidade e que ela pode ser evitada. Algumas atitudes, no entanto, não só auxiliam momentaneamente como podem ter efeito preventivo evitando que alguém tire a própria vida. Estar aberto ao diálogo é a primeira delas. Muitas vezes, as pessoas só querem ser ouvidas. Poder falar sobre seus sentimentos, inseguranças, sobre as saídas que não enxerga, as dificuldades que enfrentam. O diálogo e o coração aberto, um simples conselho acolhedor, saber que não está só e entender que a vida é a melhor escolha.
Isso tudo aumenta a autoestima, favorece as relações sociais, melhorando o isolamento e salvando muitas vidas, além de encorajar outras pessoas a buscarem ajuda de familiares, amigos. Nós precisamos entender que as causas do suicídio são doenças como outra qualquer, precisam ser tratadas. Por isso é muito importante a ajuda de um profissional capacitado que possa fazer um diagnóstico preciso e assim tratar através de terapias, medicação e todo cuidado que essa pessoa merece e necessita.
No entanto é importante destacar que familiares ou aquelas pessoas próximas prestem atenção e percebam que todos os dias estamos convivendo com pessoas que estão necessitando da nossa atenção e de nosso cuidado, seja na família, no trabalho e em nossa vida social. Parece simples, mas faz toda a diferença para a recuperação dessa pessoa e é essencial para superar esse momento difícil. Prevenção ao suicídio, valorização da vida, toda vida importa.
