Governo aprovou o fim da nossa aposentadoria

No dia 22 de outubro o Senado aprovou em segundo turno, por 60 votos favoráveis e 19 contrários, a Reforma da Previdência. Agora só falta sansão do Presidente da República para entrar em vigor. Uma reforma mais perversa que aquela proposta pelo golpista Michel Temer (MDB), que só fracassou por causa das denúncias de corrupção e das ações nas ruas realizadas naquela oportunidade pelas Centrais Sindicais, Movimentos Sociais e sindicatos.

Sem conseguir avançar na reforma da previdência, o governo Temer fez malabarismo e tentou ganhar a opinião pública fazendo a reforma trabalhista, prometendo gerar milhões de empregos. As centrais voltam às ruas, mas o governo, junto com a grande mídia, ganha mentes e corações e consegue aprovar a reforma, retirando direitos da classe trabalhadora e asfixiando sindicatos com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.

Com sindicatos mais frágeis, é eleito um governo de extrema direita: Jair Messias Bolsonaro (PSL). Mesmo com as ações das entidades que defendem a classe trabalhadora, denúncias de  corrupção, candidaturas laranja no PSL, rachadinhas nos gabinetes dos filhos do presidente e envolvimentos da família com milícias, a mídia financiada pelas multinacionais e sistema financeiro ganharam uma nova oportunidade de avançar contra classe trabalhadora.

Através das redes sociais, televisão, rádio e revista propagaram fake news (falsas notícias) de que a Reforma da Previdência produziria milhões de novas oportunidades de emprego e uma economia de 1 trilhão de Reais em 10 anos aos cofres da União. Novamente ganham a disputa de mentes e coração e aprovam a Reforma da Previdência, ainda mais perversa contra classe trabalhadora.

Nossa luta (movimentos sociais e centrais sindicais nas ruas), conseguiu tirar da Reforma da Previdência os Trabalhadores Rurais, Beneficiários do BBC e do PIS. Também ficou de fora a capitalização individual, mas 80% do pacote de maldades contra a classe trabalhadora passou e 70% dos brasileiros e brasileiras não conseguirão se aposentar e os 30% que chegarem vão trabalhar mais e se aposentar com valores menores que as aposentadorias atuais. Isso porque o governo Bolsonaro implantou a exigência de idade mínima que antes não existia: são 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. Também aumenta em no mínimo 5 anos o tempo de contribuição comprovada em carteira e ainda muda a fórmula de cálculo de aposentadoria, que antes era sobre os 80 % dos melhores salários e agora passa para média de 100 % dos salários.

A direção do Sindicato repudia este ataque à classe trabalhadora e reafirma o compromisso de continuar denunciando e lutando contra o neoliberalismo, entreguismo, fascismo e retirada de direitos deste governo.