Dirigentes do Stimej participam de congresso que elegeu nova direção da CNM/CUT

Entre os dias 9 e 11 de maio aconteceu em Guarulhos (SP) o 11º Congresso da CNM/CUT – Confederação Nacional dos Metalúrgicos. O Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville esteve presente com a uma das maiores delegações, contribuindo para a construção das resoluções que irão nortear os trabalhos da nova direção, eleita no primeiro dia de Congresso.

O tema escolhido para o encontro não poderia ser mais apropriado para o momento: “Reconstruir o Brasil de forma sustentável e humanizada com trabalho decente, soberania, renda e direitos”. E é com este norte que Loricardo de Oliveira conduzirá a entidade pelos próximos 4 anos. Da base de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, Loricardo é metalúrgico há mais de 25 anos e sucede Paulo Cayres que conduziu a entidade por 12 anos.

Durante os três dias foram debatidos temas importantes para a luta por melhores condições de trabalho e de vida, não apenas para a categoria, mas para toda a classe trabalhadora. A delegação joinvilense participou ativamente dos debates, contribuindo para a análise da conjuntura política, para a construção das resoluções e para a grandeza do Congresso.

Os temas abordados foram desde a política internacional, com a intenção de intensificar a colaboração e a solidariedade entre as trabalhadoras e os trabalhadores dos países presentes no Congresso, passando pela política industrial e a formatação de uma política para o setor industrial brasileiro com participação da classe trabalhadora, edificando uma transição justa para as novas formas de trabalho.

A plenária também debateu a Reforma Tributária e seus impactos para o Brasil. Segundo o diretor da secretaria extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Rodrigo Orair, esta ação “tende a uniformizar as alíquotas no Brasil reduzindo um pouco a desigualdade”.

As metalúrgicas e metalúrgicos também pediram o impeachment do presidente do Banco Central lançando uma campanha pela saída do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo Loricardo ele é um dos responsáveis por estar trancado o desenvolvimento do Brasil. “O presidente do Banco Central é um fascista e genocida. Pois ao manter a taxa dos juros em 13,75%, provoca mortes do nosso povo que precisa de emprego, que acaba reduzido por essa política. Portanto, não é apenas um gesto simbólico da CNM. Vamos fazer muita pressão para tirar esse cara”.

O último dia do Congresso foi dedicado à aprovação de quase uma centena de resoluções que servirão de guia de atuação não apenas para a direção da CNM/CUT, mas de todos os sindicatos filiados à entidade. São três eixos de atuação: 1. Políticas gerais e permanentes; 2. Organização Sindical; e 3. Contrato coletivo nacional de trabalho.